Relacionamentos não correspondidos

Domingos Mendes Alves

Domingos Mendes Alves

· 4 min leitura
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Relacionamentos não correspondidos
Recentemente conversando com algumas pessoas, e de modo especial com líderes mais idosos, que anos após anos, serviram a Deus servindo pessoas, e desenvolveram bons relacionamentos com muitas dessas pessoas, constata-se que atualmente, muitos daqueles relacionamentos são “relacionamentos não correspondidos”. Ou seja, de algum modo, por algum motivo, tais relacionamentos se “esfriaram”, se “distanciaram”…
Ao visitar um líder com mais de 90 anos, eu perguntei: o que o senhor sente mais falta? Ele, de pronto, com semblante triste, respondeu: de pessoas!

Egoísmo - inveja - orgulho - vaidade; alteração do estilo - status de vida; isolamento social pela velhice - enfermidade …; crises relacionais não tratadas; quebra da confiança por traição; não ser considerado mais “útil”; temperamento com atitudes ofensivas - defensivas …; depressão crônica; …; podem ser alguns dos motivos do “esfriar”, “distanciar”!

E, quando de modo intenso se foca o passado, dos bons relacionamentos que não mais existem, há o grande perigo de se gerar não só sentimento de amargura, de profunda tristeza, como também, o de autocomiseração, autopiedade… Sentimentos esses que não são bons, para a boa saúde emocional - mental - espiritualmente, e até física. E, que também, roubam o contentamento dos poucos bons relacionamentos ainda existentes.

Com certeza eu já enfrentei, e corro o perigo de enfrentar, tais sentimentos, e creio que tu, também!

Ao olhar para as Escrituras, para a palavra de Deus, vislumbramos que Deus fez referência a relacionamentos não correspondidos. Em Isaías, podemos ler: "Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o SENHOR é quem fala criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”, 1.2 (ARA). Tais referências divinas nós vamos encontrar, também, nos livros dos profetas Oseias, Malaquais…
Jesus Cristo, perfeitamente Deus-Homem, enquanto neste mundo, também fez referência a relacionamentos não correspondidos. Em Mateus, encontramos um dos lamentos de Jesus Cristo: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não quisestes”, 23.37.
O apóstolo Paulo na carta de 2 Coríntios, entre outras coisas, tratando desta mesma questão relacional ele escreveu: “Eu de boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol da vossa alma. Se mais vos amo, serei menos amado?, 12.15.

O refletir, por exemplo, nos textos acima é que me conduz a afirmação de que sim, nós podemos e devemos no Espírito, em oração, buscar construir bons e duradouros, e resgatar os que se perderam… Mas, há situações que esta busca será em vão, pois independentemente do meu e do teu querer, e agir, tais relacionamentos não mais serão profundos e significativos como foram no passado. E, a decepção com o passado, não deve se tornar uma armadilha contra o desenvolvimento humilde, prudente, sábio construir de novos relacionamentos.

Assim, não te desgastes, se for em vão, com a frustração dos relacionamentos não correspondidos; contente-se e foque nos que são significativos, duradouros, mesmo que sejam poucos quantitativamente, mas sejam grandes qualitativamente.

O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do que o irmão, Provérbios 18.24 (ARA) (cf. Pv 17.17)

(Aqui no site paraoalvo.com, link VÍDEO tens um breve vídeo desta devocional)


Domingos Mendes Alves
@paraoalvo
11.04.2024
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